No mês passado, a primeira ministra do Québec, Pauline Marois, anunciou oficialmente o lançamento da campanha de promoção da soberania do Quebec. Isso quer dizer que a madame Marois e seu partido político, o Parti Québécois, querem separar o Quebec do restante do Canadá, fazendo do Quebec um Estado soberano.
Só que o caminho para tornar o Quebec um país independente não é nada simples. Entre outras coisas, o governo precisa fazer um referendo onde a maioria da população do Quebec (50% + 1 voto) decida se é contra ou a favor do Quebec se tornar um Estado soberano.
Nos dois primeiros referendos, a população do Quebec rejeitou o processo de independência. Em 1980, 59,56% dos eleitores votaram contra a soberania do Quebec e, em 1995, o Parti Québécois quase conseguiu a tão sonhada soberania, sendo o projeto rejeitado por somente 50,58% da população, uma diferença de pouco mais de 54 mil votos.
Existe muita discussão a respeito da possibilidade de um terceiro referendo e creio que esse assunto ainda vai muito longe. Por exemplo, o governo Federal alega que pode aumentar a maioria absoluta para dois terços dos eleitores no caso de um referendo, mas o Quebec alega que o Federal não tem esse direito, e por aí vai…
Ou seja, mesmo que os separatistas consigam a maioria absoluta dos votos (50% + 1), ainda vai ter muita briga políca e jurídica pra saber quem tem razão. Por enquanto, eu não estou muito preocupado. Segundo uma pesquisa recente, se o referendo fosse hoje, eles não consiguiriam a maioria adsoluta dos votos.